partículas
espalham muito mais a luz azul do que a vermelha. O pôr-do-sol
avermelhado se deve a que as nuvens no ocidente, através
das quais passa a luz do sol, espalham lateralmente a luz azul o
transmitem predominantemente a vermelha. A erupção
do vulcão Krakatoa lançou poeira na atmosfera, que
deu lugar a magníficos pores de sol em todo o mundo durante
muitos meses. A fumaça do cigarro que foi tragada aparece
branca porque as partículas se tornam maiores ao depositar-se
nelas o vapor de água. A brancura de lírio da espuma
do mar, e a de uma marca de sabão muito conhecida, devem-se
ao mesmo motivo. As nuvens do tipo "cumulus" são
brancas devido ao tamanho relativamente grande das gotas e cristais
que as constituem, as quais espalham, lateralmente, praticamente
luz de todas as cores.
Para demonstrar como esse espalhamento lateral depende do tamanho
das partículas, projeta-se um feixe de luz através
de um recipiente de paredes transparentes que contenha uma solução
hiposulfito de sódio (utilizado na revelação
fotográfica). Adiciona-se um pouco de ácido sulfúrico
concentrado e agita-se a solução.
Depois
de um minuto, mais ou menos, as partículas formadas, em suspensão
na água, dispersarão lateralmente a luz azul, enquanto
a luz que atravessa a solução e chega na tela se verá
vermelha, como o sol quando se põe.
Pouco
depois as partículas se farão tão grandes que
toda a luz será absorvida pela solução, apagando
o sol.
A luz espalhada lateralmente por pequenas partículas é
polarizado, o que se pode verificar facilmente observando-a através
de um polaroide.
Para entender o que acontece, lembremos que as ondas eletromagnéticas
são espalhadas lateralmente por pequenas partículas
devido a que elas induzem as oscilações nos elétrons
das partículas em que incidem. Um elétron em vibração
atua como um dipólo elétrico e irradia com intensidade
máxima na direção da mediatriz do segmento
em que vibra.
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