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Cor do Céu

Data da última atualização : 13/01/2008

Por que o céu é azul ?

Um feixe de luz solar que penetra num quarto revela a presença de partículas de poeira que espalham a luz lateralmente. A fumaça do cigarro, soprada no ar, aumenta o número de partículas, e, em conseqüência, o espalhamento lateral da luz.

A cor da luz que se espalha lateralmente com maior intensidade depende do tamanho da partícula. Partículas muito pequenas espalham mais a luz azul, de menor comprimento de onda que a vermelha, de maior comprimento de onda. Pode-se demonstrar que a intensidade da luz espalhada lateralmente por pequenas partículas (efeito Tyndall) varia na razão inversa da quarta potência do comprimento de onda.

A fumaça do cigarro tem geralmente um tom azulado por que as partículas que a constituem são tão pequenas que espalham lateralmente a luz azul mais do que as outras tonalidades do espectro.

O céu é azul porque as moléculas de ar e outras

As nuvens conseguem dispersar a luz solar em todas as direções, igualmente, mostrando-se brancas (composição de todas as cores).
A cor do céu depende da composição atmosférica de cada local. A tonalidade de azul, aproximando-se do verde ou do anil, dependerá de quanto a luz solar se dispersa.
Ao nascer do Sol ou em seu poente, a quantidade de luz refratada e dispersada pela atmosfera terrestre encontra-se muito mais na tonalidade vermelha que em qualquer outra freqüência.

partículas espalham muito mais a luz azul do que a vermelha. O pôr-do-sol avermelhado se deve a que as nuvens no ocidente, através das quais passa a luz do sol, espalham lateralmente a luz azul o transmitem predominantemente a vermelha. A erupção do vulcão Krakatoa lançou poeira na atmosfera, que deu lugar a magníficos pores de sol em todo o mundo durante muitos meses. A fumaça do cigarro que foi tragada aparece branca porque as partículas se tornam maiores ao depositar-se nelas o vapor de água. A brancura de lírio da espuma do mar, e a de uma marca de sabão muito conhecida, devem-se ao mesmo motivo. As nuvens do tipo "cumulus" são brancas devido ao tamanho relativamente grande das gotas e cristais que as constituem, as quais espalham, lateralmente, praticamente luz de todas as cores.

Para demonstrar como esse espalhamento lateral depende do tamanho das partículas, projeta-se um feixe de luz através de um recipiente de paredes transparentes que contenha uma solução hiposulfito de sódio (utilizado na revelação fotográfica). Adiciona-se um pouco de ácido sulfúrico concentrado e agita-se a solução.

Depois de um minuto, mais ou menos, as partículas formadas, em suspensão na água, dispersarão lateralmente a luz azul, enquanto a luz que atravessa a solução e chega na tela se verá vermelha, como o sol quando se põe.

Pouco depois as partículas se farão tão grandes que toda a luz será absorvida pela solução, apagando o sol.

A luz espalhada lateralmente por pequenas partículas é polarizado, o que se pode verificar facilmente observando-a através de um polaroide.

Para entender o que acontece, lembremos que as ondas eletromagnéticas são espalhadas lateralmente por pequenas partículas devido a que elas induzem as oscilações nos elétrons das partículas em que incidem. Um elétron em vibração atua como um dipólo elétrico e irradia com intensidade máxima na direção da mediatriz do segmento em que vibra.


Fonte(s) : Traduzido de : BLACKWOOD, O.H; Kelly, W.C.; BELL, R.M. General physics, 3. ed. John Wiley and Sons, Inc. 1963, p. 523-524

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