Quando
utilizamos a palavra média, estamos tentando avaliar os eventos ocorridos
em um certo intervalo de tempo. Calcular ou analisar a velocidade escalar
média não significa que poderemos dizer o que ocorreu durante um movimento.
Não poderemos dizer se a velocidade de um móvel é constante ou variável
apenas pela análise de sua velocidade escalar média. Veja alguns exemplos:
Uma
pessoa decide viajar de São Paulo (Capital) para a cidade do Rio de Janeiro.
A distância entre as duas cidades é de 400 km. Durante o percurso, a velocidade
de seu automóvel aumenta e diminui de acordo com as necessidades de ultrapassagens,
obstáculos, desvios e outras situações de uma trajetória por rodovia.
Esta pessoa gasta 5,0 (cinco) horas no trajeto. Utilizando a equação de
velocidade escalar média:
podemos concluir que esta vale 80 km/h. Este valor não significa que a
pessoa andou a 80 km/h durante 5,0 horas mas apenas indica que se tivesse
mantido velocidade constante de 80 km/h, percorreria o trecho de 400 km
em 5,0 horas.
Imagine
agora outra situação. A mesma pessoa do exemplo anterior vai de São Paulo
para o Rio de Janeiro e quando lá chega, retorna imediatamente para São
Paulo, gastando mais 5,0 horas no trajeto de volta. Qual a velocidade
escalar média em todo o percurso?
Se aplicarmos novamente
a equação de velocidade escalar média, verificaremos que a variação de
espaço (Ds) é nula pois o ponto inicial é o
mesmo final. Assim, a velocidade escalar média também será nula.
Está claro que
neste último caso, a pessoa percorreu 800 km em 10 h, mantendo a mesma
performance do primeiro caso, mas o valor encontrado para a velocidade
escalar média não traduziu o que realmente aconteceu.